Jeep apresenta em Nova York modelo 2011 do Grand Cherokee



O Jeep Grand Cherokee sempre fez sucesso aqui no Brasil, mas, nos mercados externos, deve estar sofrendo com a situação da Chrysler, empresa que controla a Jeep e a Dodge. Talvez seja por isso que a companhia tenha resolvido mostrar o modelo 2011 do utilitário, totalmente novo e já antecipado por nós em fevereiro deste ano. A estréia aconteceu nos dias de imprensa do Salão de Nova York, que abre para o público no dia 10.

A plataforma do novo Jeep Grand Cherokee é a mesma que será usada pelo próximo Mercedes-Benz ML, também fabricado nos EUA. Com 4,82 m de comprimento, 1,94 m de largura, 1,76 m de altura e 2,92 m de entreeixos, ele é totalmente novo em relação ao modelo atualmente à venda. Aliás, a Chrysler não divulgou quando se iniciam as vendas do novo Grand Cherokee, mas elas devem começar apenas em 2010, daí a denominação de modelo 2011 ainda em 2009.

Uma possível explicação para uma antecipação tão grande na apresentação do veículo é a busca da Chrysler por apoio do governo norte-americano tanto em termos de dinheiro e empréstimos como quanto à necessária “bênção” para a aliança com a Fiat. Esse acordo é visto pela Chrysler como a única solução para a viabilidade da empresa a longo prazo. Em outras palavras, para que a Chrysler não vire apenas um registro nos livros da história automotiva norte-americana.

Credenciais para sair de buracos e para tirar a Chrysler do buraco o novo Grand Cherokee tem de sobra. Além do fantástico motor V8 Hemi de 5,7 litros com desligamento de cilindros que não são necessários, o utilitário será o primeiro produto da marca a apresentar os motores Pentastar, ou Phoenix, como eles também são chamados. Com 212 cv a 6.400 rpm e 353 Nm a 4.800 rpm com gasolina, o motor, considerado supereficiente, também é flex. Pena é a Chrysler não divulgar a potência com E85, talvez porque ele não tenha rendimento muito melhor com o combustível vegetal. A taxa de compressão do motor, de apenas 10,2:1, confirma isso.

Aqui no Brasil esse motor poderia ser um diferencial competitivo muito interessante para a Chrysler, não fosse a faixa de preço em que o Grand Cherokee se encontra. Vendido como um modelo luxuoso, ele só teria apelo em uma versão flex para pessoas interessadas em um veículo ambientalmente correto. Esse público, no Brasil, é muitíssimo inferior ao número de pessoas que querem apenas economizar na hora de abastecer.

Seja como for, o Grand Cherokee vem repleto de itens que justificariam seu preço por aqui. Além do porte, com entreeixos digno de carros de luxo (e com apenas cinco lugares, o que maximiza o espaço interno) e porta-malas de 1.030 l, ele traz interior em couro e madeira de verdade, volante e bancos aquecidos (dianteiros e traseiros), bancos dianteiros ventilados, sensores de limpador de pára-brisa, abertura e fechamento das portas sem chaves, câmera para a traseira e volante com regulagem elétrica de altura e distância com memória.

A suspensão, ainda independente nas quatro rodas, como nas gerações anteriores, conta agora com cinco programas para enfrentar terrenos difíceis: Auto (detecta sozinho como estão as condições), Sand/Mud (areia e lama), Sport (auto-explicativo), Snow (neve) e Rock (terreno pedregoso, como o da trilha Rubicon, que todo Jeep deve ser capaz de enfrentar). Chamada de Quadra Lift, a suspensão é pneumática, o que lhe permite ajustar a altura a cada uma dessas condições.

Em termos de segurança, o utilitário conta com 45 dispositivos eletrônicos de proteção, inclusive contra capotamento, algo a que utilitários, por sua maior altura em relação ao solo, estão sempre mais sujeitos.

No asfalto, o Grand Cherokee promete um comportamento invejável por sua carroceria 146% mais rígida do que a do modelo atual. Ela seria mais rígida até do que a do BMW X5, considerado uma referência nesse quesito. A melhoria foi conseguida com 5.400 pontos de solda adicionais.

Comentários

Postagens mais visitadas