Carro usado: a quilometragem importa?



Existem vários fatores que precisam ser levados em conta na hora de comprar um carro usado ou semi-novo. Aqui mesmo nos guias do Mercado Livre você pode encontrar orientações importantes. No que diz respeito à quilometragem, no entanto, pode-se dizer que já virou uma espécie de "piada" entre o pessoal do ramo. Por que isso acontece?

Simplesmente porque os hodômetros (o instrumento que marca a quilometragem rodada pelo carro, indicando-a no painel) são atualmente aduterados na grande maioria dos casos de venda de usados. Ouvi de um vendedor, há pouco tempo, ao perguntar sobre a quilometragem de um carro que ele me mostrava: "A senhora ainda leva em conta a quilometragem ao comprar um usado???". Pois é. Paguei o mico da ingenuidade. Como eu pude imaginar que um hodômetro seria confiável?
Há quem dê dicas para suspeitar de um hodômetro adulterado (no caso, um analógico):

verificar se os números estão alinhados
verificar se há marcas no painel em volta, indicando que a peça tenha sido retirada para adulteração
verificar o selo de indicação para a próxima troca de óleo (alguns gênios adulteram a quilometragem para 30 mil km e esquecem o selo "lembrando" da próxima troca nos 200 mil km)
No caso de hodômetros digitais, só a última dica pode funcionar, já que a adulteração é feita por computador e não deixa marcas.

O que deixa marcas, e isso sim é importante, é o tratamento geral que o veículo teve enquanto esteve nas mãos de outro(s) dono(s). Na verdade, um caro pode ter rodado muito sem necessariamente ter sofrido danos por isso. O contrário também pode acontecer: o desgaste de um carro no litoral, em função da maresia, é sempre maior, mesmo tendo rodado pouco.

Por fim, algumas dicas para você cuidar bem de seu carro. Uma boa manutenção faz a diferença na hora em que você for trocá-lo ou simplesmente vendê-lo. Um carro bem cuidado é um carro valorizado.

Evite pulverizar óleo após a lavagem
Durante a lavagem do carro, evite pulverizar óleo mineral ou óleo de mamona por baixo do chassi ou monobloco e também no motor. Aplicados com freqüência, esses lubrificantes causam o ressecamento de componentes de plástico e de borracha, como coxins e mangueiras em geral. Além disso, resíduos de terra e areia aderem ao chassi e componentes externos do motor, acelerando o desgaste de peças, como polias, discos e tambores de freios. O mesmo é válido para o motor, que só deve ser lavado se estiver muito sujo.
Prolongando a vida útil do motor
Aquecer o carro em rotações elevadas reduz a vida útil do motor. A explicação é simples: quando se dá a partida, o óleo leva alguns segundos para chegar às partes superiores, como cabeçote e cilindros. Durante esse tempo alguns componentes móveis -como comando de válvulas, pistões etc.- ficam sem a lubrificação adequada. Sem óleo suficiente no sistema, há um maior desgaste nessas peças. Já o afogador acionado no ponto máximo provoca excesso de combustível dentro da câmara de combustão. Essa gasolina não queimada infiltra -através dos anéis dos cilindros- no cárter e dilui o lubrificante, o que também aumenta o atrito e reduz a durabilidade do motor.
Evite rodar com o tanque na reserva
Um hábito que traz problemas para o carro é rodar com o tanque sempre na reserva. Pouca gasolina no reservatório faz com que os resíduos naturalmente depositados dentro do tanque entrem no sistema de alimentação. Com o tempo, essa sujeira entope filtros e prejudica o funcionamento da injeção eletrônica, sujando e obstruindo também os bicos injetores. Além disso, tanque com pouco combustível provoca o aquecimento excessivo da bomba elétrica (na maioria dos modelos ela trabalha mergulhada dentro do reservatório, imersa na gasolina), o que pode acabar danificando esse componente.

Como manter o carro sempre econômico
Nos tempos de gasolina cara, a saída é economizar combustível. Para obter o mínimo de consumo, sem comprometer o rendimento, alguns itens importantes não podem ser esquecidos. Mantenha velas, filtros (de combustível e de ar) e bicos injetores sempre limpos, além do motor bem regulado. Os pneus devem ser regularmente calibrados. Ao volante, não abuse do acelerador, mantenha os vidros fechados e não rode com peso desnecessário dentro do porta-malas. No caso dos carros dotados de carburador, desligue o afogador assim que o motor atingir a temperatura ideal de funcionamento.

Evite abastecer o tanque até a boca
Nunca encha o tanque de combustível até a boca. Nos carros com carburador, parte desse combustível acaba se perdendo pelo bocal ou pela válvula de alívio. Nos modelos com injeção eletrônica, dotados de dispositivo de retorno e que trabalham com o sistema de alimentação sob pressurização constante, o excesso de gasolina provoca uma contrapressão interna que pode danificar a bomba elétrica de combustível e a válvula reguladora de pressão. Lembre-se: o nível correto do tanque é quando o combustível atinge o bico da bomba. Isso pode ser percebido quando o gatilho da mangueira desarma automaticamente. Descarte de vez aquela mania de arredondar o valor, colocando alguns litrinhos a mais.

fonte: MercadoLivre.com

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